Golem – 2ª Temporada – Episódio 01- A Assassina de Deuses

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Aidan, Abeô e Shanumi e seus poderes quânticos.

Para o general Shao Dïng, Ministro da Defesa da República Popular da China, aquela era apenas mais uma tarde chuvosa numa das muitas bases aéreas do governo. Esperou a limusine parar e o sargento assistente lhe abrir a porta, já com o enorme guarda-chuva aberto. Assim que desceu, olhou rapidamente ao redor. Atrás da condução, os outros generais também desembarcavam com suas comitivas. Do outro lado da limusine, analisou rapidamente o galpão com os portões abertos. Nesse meio tempo a secretária desembarcou com sua própria sombrinha e o enorme smartphone onde fazia anotações. Foi quando o militar contornou o veículo por trás e caminhou para o galpão.

Sabia que, enquanto ministro da defesa, seria paparicado com dezenas de adjetivos e elogios onde quer que fosse. O coronel responsável pela base, no entanto, estava exagerando. Nada errado em naquele homem muito amarelo e baixinho curvar-se uma primeira vez, não era tão fora do protocolo assim. Contudo, vê-lo reclinar a cabeça a cada passo, mesmo que levemente, era tique nervoso irritante. Que definitivamente piorava quando, entre caretas de agonia, ele anunciou com a voz esganiçada:

— <[Bem vindo, excelente ministro, general Shao Dïng, à base aérea de Shangqiu. Eu sou o coronel Wang Tianshou, responsável pela base, seu humilde servo e…]>

O ministro olhou para trás, impaciente. Todos os generais já estavam dentro do galpão, o que significava que podiam ir direto ao assunto. Lá fora, as limusines aceleravam em fila para desocupar a saída do galpão, mas era questão de segundos para que pudessem começar. Observou a fileira de soldados e aviões no fundo do recinto e interrompeu o baixinho:

— <[São os novos caças J45?]>

— <[Sim, formidável ministro. E conforme suas sapientíssimas ordens, estão diligentemente prontos para inspeção e os testes desta tarde.>

Shao Ding revirou os olhos, mas teve que dar o braço a torcer. Era assim que funcionava o glorioso exército chinês e seus soldados. Podiam não ter qualquer dote para a função, mas disciplina, obediência e obstinação estavam acima de tudo e superavam tudo. Ao contrário dos tolos ocidentais, cada chinês sabia que só merecia continuar vivo se contribuísse para a grandiosidade da nação. Desdobrar-se era a verdadeira felicidade. O resto era ilusão.

Ainda em repetidas saudações, o coronel caminhou para junto da fileira de soldados, todos de olhos fixos no horizonte. Fez uma mesura mais longa e, ainda com a coluna dobrada, anunciou:

— <[É com imenso prazer, excelente ministro, que lhe apresento os pilo…]>

O homenzinho emudeceu. Levou alguns segundos para o ministro estranhar e pigarrear. O outro, no entanto, não esboçou qualquer reação. Continuou com a coluna dobrada, olhos voltados para o Shao.

— <[Continue, homem!]> – o ministro enfim esbravejou. E foi nesse momento que percebeu que algo estava mais errado do que imaginava. Sempre que usava aquele tom com seus subalternos, todos os olhos voltavam-se em sua direção, inevitavelmente. Os pilotos, entretanto, continuavam encarando o vazio, tácitos. O coronelzinho continuava a manter um ângulo de quase noventa graus entre as pernas e o tronco, faltando pouco para despencar para frente. Surpreso, o ministro voltou olhar para os generais atrás de si. Também eles estavam absolutamente imóveis. Alguns tinham olhos fixos no responsável pela base, outros tinham estacionado o olhar nos pilotos. Um dos generais mantinha a boca aberta, com os lábios esticados num bocejo estático. Outro mantinha a cabeça inclinada na direção de um dos seus assistentes, que tinha com os lábios em biquinho, próximos à orelha de seu superior. À primeira vista, pensou que o tempo tinha parado, mas depois percebeu que não. Atrás dos generais, percebeu que, lá fora, a chuva continuava a cair. A fileira de carros ainda era visível através do portão, e os veículos, apesar de freados, mantinham a vibração e o som dos motores.

O ministro abriu a boca para praguejar. Contudo, antes que emitisse qualquer som, um homem ocidental, muito alto e musculoso, vestido de trajes militares de campo e sobretudo, pousou suavemente entre os carros e o portão. O sobretudo e os cabelos lisos, escuros e compridos, salpicados de branco, dançavam como se tivessem vida própria. E os lábios finos, adornados por uma barba grisalha, pareciam franzidos por um misto de nojo e raiva enquanto ele dizia num mandarim perfeito demais para um estrangeiro:

— <[Boa tarde, ministro Shao Ding.]>

O coração do ministro acelerou. Aquela era uma das mais secretas bases militares da China, um lugar onde estrangeiro jamais deveria estar. Instintivamente, gritou para que seus subordinados detivessem o invasor, mas ninguém sequer piscou. Então, como se tivessem vida própria, as fibras de tudo que o homem vestia se esgueiraram para formar um novelo flutuante sobre a palma direita do estranho. Nu, ele parecia mais um campeão mundial de fisiculturismo, algo que o deixava muito mais assustador, antes mesmo de anunciar:

— <[Espero que tenha aproveitado bem o último dia de sua vidinha patética, ministro.]>

Antes que o chinês pensasse em correr, seus pés afundaram no Shao como se estivesse sobre argila, e não sobre concreto. Tão rápido quanto amoleceu, o Shao voltou à solidez, prendendo dentro de si os pés do militar. Calmamente, os olhos do estrangeiro o varrerem de cima abaixo enquanto dizia:

— <[Que corpozinho deplorável esse seu! Mas ordens são ordens…]>

O militar tentou  sacar a pistola, mas seus dedos a atravessaram como se fosse uma miragem. Nesse meio tempo, as fibras que flutuavam num novelo acima da mão do avançaram para o general. Formaram uma teia rígida ao redor da cabeça dele, com várias pontas enterradas no Shao e paredes ao redor. Incapaz de mover o crânio, o ministro observou o estranho correr para ele e lhe esmurrar o nariz repetidas vezes, com velocidade e força impossíveis para um ser humano normal. A cada soco, ouvia algo diferente estalar dentro da cabeça, atrás do septo. Quando pensou que desmaiaria, o general percebeu, aliviado, que o homem nu cessara as pancadas. A esperança, todavia, durou apenas até ele perceber como o pênis do estranho crescia. Não parecia mais um pênis, não havia nada de ereto nele. Parecia mais uma tromba fina, que cresceu até a frente do rosto dele, quando minúsculos tentáculos brotaram de sua ponta e invadiram boca e narinas do chinês. Os tentáculos que entraram pela boca contornaram a garganta e subiram para o nariz, juntando-se aos demais. Penetraram as fraturas por trás do septo e dali ganharam o interior do crânio do general. Foi quando começaram a queimar e pesar.

Cada vez mais sufocado, nauseado e zonzo de dor, o general não entendeu de imediato por que crescia o peso que a tromba lhe aplicava no rosto. Até que percebeu que os braços, cabeça, tronco e pernas do homem minguavam, como se fossem sugados para a genitália do estranho. O que havia agora era uma esfera de carne disforme dependurada no seu rosto através daquela estranha tromba. Essa foi a última percepção do general chinês.

A quase vinte mil quilômetros dali, uma menina negra despertou. A primeira coisa que sentiu foi aquela dor de cabeça insanamente devastadora. Depois veio a estranheza de habitar aquele corpo pequeno e frágil. Ela lembrava que já tinha sido chamada por mais de duas centenas de nomes, que era quase impossível acreditar que agora se chamava Shanumi. Contudo, a constante de todas as suas vidas continuava a mesma: a guerra continuava. E por mais que a situação, naquele momento, estivesse complicada, sabia que precisava jogar com as cartas que tinha naquela encarnação. Foi por isso que não esperou a dor de cabeça passar. Forçou-se a abrir os olhos e analisar o que havia em volta.

Estava deitada nos bancos traseiros de uma pickup, com a cabeça atrás do banco do motorista. O banco de passageiro, na dianteira, estava reclinado ao máximo. Nele dormia o ruivo, repleto de tatuagens, que ela reconhecia de vidas passadas. Por incrível que lhe parecesse, ele parecia uns dez anos mais velho do que quando o vira na última encarnação. E estava pálido, extremamente pálido. Por um momento sentiu raiva dele, que tinha lhe varrido a inocência. Porém o perdoou logo em seguida. Lembrava bem do que seu eu juvenil aprontara e até sentia certa vergonha disso. Ademais, sabia bem dos riscos de encarnar naquela região da África, ela e a deusa Vida sabiam. Porém, como tudo em suas vidas, tinham apenas feito o melhor com os recursos que tinham. E, felizmente, Aidan ainda respirava. Ambos eram autônomos quânticos agora, dois Assassinos de Deuses totalmente treinados. A balança da guerra pendia, novamente, em favor deles.

Isso, é claro, se ele sobrevivesse aos próximos meses.

Era engraçado pensar assim. Durante muitas encarnações dela, ele tinha sido o mais velho, o mais experiente, resistente e longevo. Agora os mais de dois mil anos de vida dele pareciam com que ele parecesse um bebê perto da idade que ela sentia ter. E o pior: a julgar pela aparência, o picto corria o risco muito real de morrer nos próximos cinquenta dias.

Virando-se de leve, Shanumi percebeu Abeô fora do carro, costas apoiadas na janela do motorista. Se Aidan era um bebê, ela não saberia o que dizer de Abeô, que vivia sua primeira encarnação. Já se sentia culpada em relação a ele pelo xilique homofóbico que tivera algumas horas atrás. Sim, não era culpa dela, mas e ela já tinha vivido bilhões de situações muito mais vexatórias em seus mais de 55 mil anos de vivências. Sabia que logo aquela culpa seria amortecida, mas temia que tivessem o criado apenas para se despedir de sua alma gêmea. De qualquer forma, não podia fazer nada sobre isso no momento. A julgar pelo tamanho do carro, suas pernas seriam pequenas demais para dirigir. E, definitivamente, seria melhor que Aidan dormisse o máximo possível.

Sentou-se na poltrona e viu, pela janela traseira da pickup. Surpresa, identificou o homem com o corpo cem por cento coberto de espinhos, inconsciente no assoalho da carroceria. Novamente, sentiu-se culpada. Aquele era mais um nascido sob encomenda. Sim, já alguns como ele já tinham existido algumas dezenas de vezes na história humana, mas naquela geração ele era único, para o bem e para o mal. Antes de encarnar, soubera que ele tinha sido abandonado pela família assim que os pelos, que já o cobriam totalmente desde o nascimento, tornaram-se espinhos e chifres. Era de dar dó, mas guerra era guerra.

Analisando-o alguns segundos mais, a pequena percebeu as múltiplas e profundas rachaduras nos espinhos e chifres, e imaginou o que diabos ele tinha aprontado para chegar àquele estado. A resposta não importava, na verdade. Teria que fazer mais que apenas se lamentar.

Ela virou o corpo para sentar-se de frente para o parabrisas. Abriu a porta e bufou, aborrecida de ser obrigada a pular uma altura tão ridícula. Mal pousou, viu-se obrigada a olhar muito para cima para ver o rosto de Abeô, que logo perguntou, no hausa materno:

— <Shanumi! Você está bem?>

O africano sentia uma pontada no coração ao ver a pequena com o cenho franzido daquele jeito. Não sabia se era dor, irritação ou o quê. A doçura do olhar dela tinha desaparecido totalmente. No fundo, era como se sua irmãzinha tivesse morrido e uma pessoa totalmente estranha estivesse morando no corpo dela. Além do olhar, a postura, o gestual e até a maneira de falar tinham mudado. Foi o que percebeu quando ela cruzou as mãos atrás do corpo e, com a coluna absolutamente reta, murmurou:

— <Eu estou bem, Abeô. E você?>

O gigante não soube o que responder. Preferiu fazer outras perguntas:

— <O Aidan falou que você provavelmente teria muita dor de cabeça nos próximos dias. E provavelmente palpitações, muito cansaço e…>

— <Como eu disse, Abeô, eu estou bem.> – os olhos dela o fitavam tão incisivos que ele se sentiu envergonhado – <E eu perguntei como você está. Suponho que minha mensagem tenha se revelado no seu inconsciente, não é?>

Abeô arregalou os olhos, coração disparado. Sim, imaginava que ela provavelmente se lembraria de ter gravado a mensagem, mas ter certeza disso era algo bem diferente. Fora isso, surgiu-lhe um medo amargo de que Aidan estivesse ouvindo aquela conversa. Instintiva e rapidamente, ele virou-se para o ruivo, certificando-se que ainda dormia, e depois voltou-se para a irmã. Ela continuou:

— <Sim, ele está dormindo mesmo. Se você tem alguma pergunta ou angústia sobre a mensagem, esse é o momento para falarmos disso.>

O africano gaguejou, pensando em como reagir. Jamais teria imaginado ela quase lendo os pensamentos dele. Muito menos que se fosse se colocar como alguém que fosse esclarecê-lo ou aconselhá-lo.

— <Então, que sentimentos e questionamentos a minha mensagem levantou em você?> – a menina insistiu.

Havia muitas possíveis respostas para essa pergunta, mas Abeô só teve coragem de externar uma:

— <Você falou alguma coisa sobre curar Aidan?>

Imediatamente, ela fechou a cara e murmurou:

— <Eu não devia ter citado nada disso. Foi um descuido meu.>

— <Mas a possibilidade existe?>

A pergunta aparentemente simples fez a menina bufar, impaciente, antes de responder.

— <Tudo é possível, Abeô. Se vai acontecer ou não é uma questão totalmente diferente.>

Abeô estudou a irmã antes de perguntar:

— <Por que essa irritação toda?>

Ela respondeu sem olhar para ele, olhando ao redor:

— <Não é nada, irmão.>

— <Eu falei alguma coisa errada? Lhe ofendi de algum jeito?> – ele insistiu.

Novamente ela bufou, dessa vez com uma pequena risada, antes de responder, ainda estudando o ambiente:

— <Acredite, Abeô. Hoje é quase impossível eu dar importância pra esse tipo de coisa.>

Havia uma dose de angústia na pergunta do gigante:

— <Como assim?>

Ela encostou um joelho no chão e tomou um pouco de terra entre os dedos, analisando os grânulos enquanto respondia:

— <Eu simplesmente não tenho mais paciência para lidar com essas trivialidades quando o mundo está fodidamente perto de virar uma grandissíssima merda.>

Os palavrões pegaram o africano de surpresa: jamais tinha concebido a irmanzinha pronunciando aquelas expressões. Ela, no entanto, continuou esfarelando pequenas porções de solo entre os dedos, indiferente à perplexidade do adulto.

— <Você está mentindo.> – ele sussurrou.

Ela riu, erguendo-se e ainda olhando ao redor:

— <Mentir está entre as porcarias para as quais eu não tenho mais paciência. Sobre o que eu estaria mentindo então?>

— <Sobre estar bem. Sobre não estar ofendida.>

Ela finalmente olhou para ele enquanto lhe falava:

— <Eu estou tão bem quanto posso estar agora. Mas tenho uma caralhada de coisas para resolver, e lhe dei a chance de ajudar nas angústias que minha mensagem pode ter levantado em você, chance que parece estar além da sua compreensão no atual momento. Não, não estou chateada com você, posso estar um pouco irritada com a situação e certamente estou muito sem paciência com os mimimis ilusórios da vida. Desculpe se nossa relação não vai ser mais um mar de rosas fraterno devido à diferença de idade de nossas almas, mas não vou me obrigar a ser simpática com as suas ingenuidades de alma de primeira encarnação. Não me leve a mal, mas por hora vou me dar o direito de apenas repetir o que já te disse na visão:>

Ela falou bem devagar, palavra por palavra, traduzindo do inglês da visão para o hausa daquele momento:

— <O fato de o que você viveu com o Aidan… estar escrito esse tempo todo em sua carne, sangue e alma… realmente faz o que vocês sentiram um pelo outro… ser menos real?>

Abeô ia começar a responder alguma coisa quando a menina silvou irritada e fechou os dedos em pinça, bruscamente. O gesto calou o gigante e ela continuou:

— <Você ter sido feito… sob medida… para o Aidan… faria vocês menos infelizes… caso acabem se separando?>

O africano primeiro baixou os olhos. Olhar para a pequena parecia doer. Era como se aquele olhar afiado fosse a prova viva de que ele era um ser artificial, fabricado, que nunca tivera livre-arbítrio de verdade, que nunca tivera alma de verdade. Virou-se de costas para a irmã e fitou o ruivo dormindo dentro do carro. Aquela visão também tinha se tornado uma prova do quão falsa era sua existência e seus sentimentos. Algo dentro dele queria nunca mais ver aqueles cabelos e pelos ruivos, como se isso fosse o tornar mais autêntico, mais humano, mais livre. Outra parte, contudo, se desesperava ao pensar no quanto seria amargo tomar essa decisão. E isso nem era tudo. Mais avassalador ainda era pensar que ele era a armadilha para o escocês. O que seria dele se o Assassino de Deuses decidisse ser livre? Caso se cansasse do faz de conta que era viver com um golem, um boneco de carne e osso, com uma alma falsa, de faz de conta? Se sua razão de existir era guiar os dois Assassinos de Deuses um ao outro, para quê continuar existindo agora que tinham se reunido?

Abeô fechou os olhos. Passou quase um minuto tentando organizar esses pensamentos na cabeça, tentando juntar coragem para olhar o mundo novamente, para encarar o escocês e a irmã. Ainda de olhos fechados, girou o corpo e respirou fundo. Ergueu o rosto um pouco e abriu os olhos devagar, ainda sem certeza sobre o que dizer à irmã.

O que ele viu confirmou que estava voltado para o lugar certo. Entretanto, não havia qualquer rastro de Shanumi. E mesmo depois de olhar ao redor, a única certeza que o gigante negro teve era a de que a Assassina de Deuses tinha desaparecido.

Osiris Reis

Osiris Reis

Osíris Reis zanzou da Medicina à Mecatrônica antes de assumir a tara por Ficção Fantástica. Formado em Audiovisual pela Universidade de Brasília, é autor de “Treze Milênios” (ficção científica vampiresca), dos contos “Madalena” (Paradigmas 1), “Alma” (Imaginários 1), “Queda” e “Companheiros de Armas” (Fantástica Literatura Queer) e da coletânea de contos “Sobre humanas fúrias”, condecorada com o Prêmio Cassiano Nunes do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal. É o baixo do grupo Supertronica, animador 3d, editor de vídeo e do BNCast, empreendedor, compositor, além de, para os íntimos, consultor tecnológico.